Ato aconteceu na rodovia Cônego Domênico Rangoni, neste sábado.
No último sábado, grupo foi alvo de criminosos na rodovia.
Segundo eles, as estradas da região não têm segurança e os atletas ficam na mira de criminosos. "A situação de assalto sempre ocorreu em um ritmo menor do que é hoje, em situações raríssimas de um ciclista passar sozinho. Não existe mais aquela coisa de passar um grupo grande para dar mais segurança", disse o ciclista Renato Ventura.
No último sábado (10), um grupo de 60 ciclistas foi surpreendido pela ação de assaltantes enquanto treinava na rodovia. Os criminosos saíram de um matagal e roubaram a bicicleta de um deles. "Eles vieram contra o pelotão. Foi muito perigoso porque eles vieram no meio da estrada. Nós, sem motivo algum, tivemos que voltar correndo porque eram armas brancas, de fogo", conta o ciclista Cláudio Clarindo.
Entre os atletas, alguns colecionam histórias dessa violência. A atleta paraolímpica Marcia Ribeiro Gonçalves e Nelma Raizer já foram vítimas. "Foi um susto muito grande. Antigamente, nós subiamos a serra, no pedaço da estrada de manutenção. Uma vez, nós estávamos indo a 50 metros do posto policial rodoviário. Ela (Nelma) parou a bike, eu percebi. O rapaz falava para ela passar o 'camelo'. Ela falou calma porque sou deficiente visual. Ele nos jogaram no chão. A nossa sorte foi que veio um rapaz com uma caminhonete, quando eles estavam pegando a bike para sair, ele fez menção de jogar em cima deles, eles largaram a bike", conta Márcia. "Eu pedalo há muitos anos, só de escapar de assalto, de roubo, já foram oito vezes", falou Nelma Raizer.
Para os atletas, a rodovia ConegoDomênico Rangoni é um local de trabalho e caminho para a rodovia Rio Santos. As estradas servem para levar os atletas a competições importantes como o Iroman e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016. "A nossa ideia é só alertar a população e os departamentos competentes, como trânsito, Policia Militar, que aqui é perigoso. Estamos pedindo uma ajuda deles para a gente conseguir fazer um treinamento de acordo. O ideal é ter viaturas constante na estrada" disse o presidente da Liga de Ciclismo, José Reinato.
Atletas pedalaram pela rodovia em sinal de
protesto (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A falta de segurança tem alterado a rotina de treinos dos atletas. "Com
a falta de segurança, fica meio complicado para a gente treinar,
principalmente, quando é profissional. E, se ficar
esperando sempre um grupo ou uma escolta para treinar fica meio
complicado", falou Bruno Matheus. "Nessa semana deu uma caída nos
treinos pelo medo de vir para a estrada e trabalhar. Na verdade, a gente
está trabalhando", disse Fred Monteiro. "Ninguém está reivindicando nada, só queremos segurança nas estradas", reafirmou Claudio Clarindo.protesto (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
A Polícia Militar disse que no trecho da rodovia, onde aconteceu o roubo aos ciclistas, o policiamento é feito com carros, motos e tático ostensivo rodoviário. Além disso, duas bases operacionais da Polícia Rodoviária, uma no entroncamento com a rodovia Rio-Santos e outra um pouco mais adiante da própria Rio Santos. Ainda segundo a PM, o local recebe uma atenção especial porque é acesso a cidade de Guarujá e também a margem esquerda do Porto.
O comando do policiamento rodoviário diz que está permanentemente aberto para receber uma comissão dos ciclistas, ajudar a entender melhor o problema e buscar soluções. E, pede para que as vítimas sempre façam boletim de ocorrência.
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